sábado, 11 de junho de 2011

Celular pode causar câncer

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), admitiu que a radiação emitida pelos celulares é potencialmente cancerígena.
"A população precisa saber que existe a possibilidade de, se ela usar por mais de 30 minutos por dia, desenvolver um tumor" [segundo a médica Ubirani Otero, chefe da área de câncer ocupacional do Instituto Nacional de Câncer (Inca)].

Em alguns países da Europa, como a França, a legislação restringe o uso do celular por crianças e adolescentes. Nesse grupo, a barreira hemato-encefálica ainda não foi bem formada, aumentando a possibilidade de desenvolver um glioma.

As mesmas orientações valem também para o telefone sem fio, que tem a mesma radiação do celular.

Deve-se diminuir o uso, a duração e alternar o ouvido.

PONTOS A PONDERAR:
Deve-se ponderar que o maior estudo sobre o assunto, o Interphone, encontrou evidência de risco aumentado de câncer somente em "usuários pesados" (leia abaixo) e estudos anteriores não comprovaram risco. Por outro lado, nenhum estudo pode AFASTAR a existência de risco.
- Por um lado os celulares mais modernos emitem menor radiação eletromagnética e cresce o uso de mensagens de texto, fones de ouvido e viva-voz, que mantém o aparelho longe da cabeça.
- Por outro, aumentou muito o número usuários de celular entre crianças e adolescentes, que costumam não controlar o tempo gasto em conversações.

Cinco dicas para usar o celular com segurança:


1) Mantenha fora do alcance das crianças

2) Use fones de ouvido, viva-voz e mensagens de texto - medidas para manter o aparelho longe da cabeça

3) Não fique com o aparelho junto ao corpo - mesmo que não esteja sendo usado, o celular emite radiação. Deixe na bolsa ou na mochila.

4) Não deixe o celular ligado sob o travesseiro ou próximo de sua cabeça enquanto dorme.

5) Cuidado com o sinal fraco - é quando o celular emite mais radiação. Evite o uso durante este período.Segundo a OMS, "usar o telefone em áreas com boa recepção também diminui a exposição, pois permite que o telefone transmita com menor potência."

Fontes: revista Veja; FDA


Obs: As evidências limitam-se à associação entre campos eletromagnéticas de radiofrequência provenientes do uso pessoal de telefones sem fio (incluindo celulares) e dois tipos de tunores: o glioma e o neuroma acústico.
O uso "intensivo" do celular (30 min ou + por dia) foi associado a um risco 40% maior de desenvolver glioma ao longo de 10 anos.
Ainda são insuficientes os dados sobre outros tumores ou para outros tipos de campos eletromagnéticos de radiofrequência (como a exposição ocupacional a radares e micro-ondas ou a exposição ambiental aos sinais de rádio, televisão e telecomunicações sem fio).
A classificação de risco de câncer é 2B ("possivelmente carcinogênico para humanos"), ou seja, pode haver algum risco, que precisa ser monitorado.
As conclusões completas serão publicadas em breve como Monografia (n. 102) e na revista Lancet Oncology.

Veja a nota de divulgação da OMS 

FDA prefere evitar alarmismo e questiona qualidade dos estudos
Leia mais no site do FDA.
Para comentários sobre o posicionamento do FDA e da OMS, veja o site Environment.about.com.

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